Não julgue para não ser julgado
Aprendemos que não devemos julgar porque “com a vara que medirdes, sereis medido” não é verdade? No entanto, julgar é o que mais fazemos…
O Facebook é testemunha ocular do fenômeno. Em tempos de crise política, como a que estamos vivendo agora, as postagens se dirigem aos governantes: “ladrão”, “corrupto”, “mentiroso” é o que se lê muitas vezes de pessoas aparentemente normais, ao lado de mensagens do mesmo perfil falando de amor, paz e esperança…
Tempos atrás vi ataques a uma apresentadora de TV “vegetariana há 20 anos” que estava fazendo propaganda de um frigorífico: “olha o que o dinheiro não faz”, “hipócrita” foram alguns adjetivos que ela recebeu…
O que estas pessoas não percebem é que, ao julgar alguém, estão revelando quem na verdade são, estão externalizando sua sombra e, por associação, igualando-se ao objeto da crítica. É uma projeção, que mentalmente nos transforma em alguém “melhor” porque, implicitamente, estamos dizendo que não cometemos aqueles delitos…
Verdade? Será que somos puros o suficiente pra atirar a primeira pedra?
Assim como julgamos pessoas, costumamos rotular situações, taxando-as como “boas” ou “ruins” – e evidentemente nos comportando conforme o rótulo que nós mesmos damos a eventos que SEMPRE são intrinsecamente neutros.
Quando faz sol: “ah que dia lindo” – e ficamos bem…
Se chove: “que dia horrível” – e nos sentimos mal…
Qual é o sentido disto, a não ser criar mais infelicidade onde ela não existe?
- O poder das emoções negativas - 5 de março de 2020
- Sentir é viver! - 29 de maio de 2019
- A mensagem oculta dos sintomas e doenças - 11 de abril de 2019